terça-feira, 31 de julho de 2012

PEÇA 1: CALÇA PRETA SKINNY

Essa calça é quase uma legging com bolsos, de um tecido bem elástico, mas mais grosso, porque eu não me sinto à vontade com tecido fino colado na bunda, sabe como? Então, ela é um híbrido de calça jeans com legging, para vocês entenderem.

Tem um comprimento que eu considero bem fácil porque fica bem com sapatos de estilos e saltos diferentes. Eu geralmente não me dou bem com calças que só dá para vestir de salto alto. Como é mais comum eu calçar sapatos baixos, elas acabam caindo no esquecimento.

Como você vai perceber pelas fotos, minha combinação preferida quando tem uma peça preta envolvida é PB + ponto de cor forte, ou PB + estampa, ou ainda preto total com bastante metal. Tentei fazer looks mais frescos, mais quentes, mais e menos formais, e cheguei nesses sete.

RESULTADOS DO DESAFIO

Eu juro que fiz a lição de casa no fim-de-semana, mas eu fiquei esperando o computador voltar do rehab e não deu para postar a primeira parte ontem. Mesmo sem o dito cujo em mãos (ele tá na pior mesmo), vou tentar postar por aqui.

Primeiro, acho bom deixar claro que objetivo é lançar a ideia e esperar que elas inspirem mais alguém a fazer um uso mais criativo do que tem. Por isso as fotos são meia-boca. Não tem jabá, não tem auto-promoção, não tem a pretensão de fazer ninguém se inspirar no meu estilo.

Como critério de seleção das 5 peças do desafio eu pensei em usar algumas que eu comprei mais recentemente porque eu acho que aparelho eletrônico, roupa e cabelo novos merecem uma atenção ainda quando são novidades pra gente. Tem que aproveitar aquela empolgação da novidade para testar as possibilidades todas. Se não corre o risco de cair naquela zona de conforto onde a gente só usa as funções mais básicas e faz as combinações mais bobas.

O critério para ordenar as peças também não foi aleatório: a primeira é uma das calças pretas da minha vida, pelo fato de ser uma base neutra e fácil de combinar. Como esse é um exercício de criatividade, é melhor começar com algo mais simples e ir pegando o gosto. Assim como você não deve pegar um Dostoievski para ler depois de um longo período longe dos livros, não cometa o erro de tentar fazer 7 combinações de look com uma calça palazzo estampada. Começa com o básico, pega gosto pela coisa que depois vai que vai!

Vou apresentar cada peça devidamente em cada post, sendo que hoje é o primeiro, na quinta-feira tem o segundo e os demais virão na seguna, quarta e sexta-feiras da semana que vem!

Peça 1: Calça Preta Skinny

Peça 2: Vestido Curto Estampado Manga Longa

Peça 3: Camisa Cargo Azul Marinho

Peça 4: Saia Amarela Reta

Peça 5: Calça Jeans Reta

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O DESAFIO DA ENTRESSAFRA

"O período que contempla o fim da colheita (pós-colheita) até o início do novo plantio recebe o nome de entressafra". Mas não estamos falando de agricultura, e sim de moda, então seria mais algo como o período entre uma temporada de desfile e outra. Os ânimos se acalmam, as tendências vão se (con)firmando (ou não), as liquidações começam a dominar o varejo e a gente se pega pensando mais na vida e no que vestir no dia-a-dia. Na blogosfera não é diferente, e essa semana 3 coisas que eu vi em alguns dos meus canais preferidos me fizeram pensar. 

A primeira foi essa:

A Fê, da Oficina de Estilo postou uma foto com 35 looks que ela montou, como exercício, para si mesma.


Depois, teve essa proposta do Moda Para Usar, o Projeto #1Peça7Looks, que basicamente te desafia a fazer 7 looks com uma peça em comum, para usar durante uma semana:


Por último, esse post da Man Repeller: 5 looks com a mesma botinha Narciso Rodriguez, para 5 ocasiões bem diversas:


Como eu acredito em sinais, vou aproveitar a coincidência matemática (35 = 7 x 5) para nortear meu novo desafio. Vão ser 5 peças, com 7 looks cada. Vou pensar tudo direitinho no fim-de-semana e fotografar para mostrar na semana que vem!

Veja aqui os resultados!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

VALE A PENA: CLASSE C --> MOBILIDADE CULTURAL

Quer se situar?Assiste o vídeo, lê isso e isso, que eu já volto.

                                                

terça-feira, 24 de julho de 2012

SEXO, EVOLUÇÃO E CONSUMO



Esse é o subtítulo do livro que eu estou lendo desde o fim-de-semana e que tem dominado minha atenção (além de me tirar toda a concentração para escrever). Enquanto eu não termino de ler para emitir uma opinião final, vou lançar um trecho para quem quiser também começar a pensar. Ao que parece, é o cerne da questão ao avaliar o nosso comportamento, não só de compra, mas nas nossas interações e na vida. Independente de como ele termine, já acho que é uma leitura boa para se questionar, ainda que seja só sobre consumo.


Narcisismo e consumismo
Freud introduziu o conceito de narcisismo em 1914, tomando como base o mito grego de Narciso - um jovem bonito e atraente que rejeitou o amor da ninfa Eco e, em vez disso, apaixonou-se pelo próprio reflexo numa poça de água, acabando por definhar e tornar-se a flor que leva seu nome. Assim, o narcisismo é o amor à própria imagem somado ao desprezo pelos que realmente sentem amor pelas qualidades interiores dessa pessoa. O melhor arquétipo do narcisismo consumista é provavelmente o perfume cuja marca Paris Hilton criou, Just Me [Apenas Eu] (isto é, Não Você e Não Nós). É a essência do solipsismo.
 As características-chave para diagnosticar o narcisismo (...) são:
  • Egoísmo (tirar vantagens dos outros, falta de empatia).
  • Arrogância (atitudes altivas e desdenhosas, mais raiva ao ser frustrado ou contradito).
  • Excepcionalismo (crença de que é especial e só se pode ser apreciado por outras pessoas de alto nível) .
  • Noção de ter direito a tudo (esperar um tratamento especial e obediência automática aos seus desejos).
  • Buscar admiração (precisar de atenção, afirmação, elogios e deferência excessivos).
  • Fantasiar sucesso (ambições obsessivas em torno de sucesso, poder, brilho, beleza, potência sexual ilimitada ou amor ideal).
  • Grandiosidade (exagerar os próprios talentos, realizações e status).
  • Mentalidade de vítima (colocar a culpa no mundo exterior pelos próprios fracassos e desilusões).
  • Anedonia (incapacidade de ter prazeres simples).
  • Instabilidade emocional (quando afastado do "suprimento narcisista" da bajulação dos outros, os narcisistas se sentem tristes, desesperançosos e até suicidas).
Esses sintomas centrais levam os narcisistas a se considerarem estrelas nas próprias histórias de vida, protagonistas de épicos, sendo que os outros são vistos como personagens secundários. (Nesse aspecto, eles ão como os blogueiros.) Falam sobre suas vidas, carreiras e famílias como se ninguém mais tivesse envolvido. São insensíveis, por isso buscam estímulos cada vez mais intensos. Ficam irritadiços e apresentam baixa tolerância à frustração. Às vezes se autorrecompensam com atitudes hedonistas impulsivas, como fazer uso de drogas ou álcool, comer compulsivamente, jogar, fazer compras a crédito ou sexo promíscuo. Por vezes, percebem a existência de um "hiato de grandiosidade" entre a autoestima inflada e as realizações efetivas, acarretando um sentido instável de autovalorização, bem como auto-questionamentos e depressão periódicos. Os narcisistas não tendem a buscar prazer através da interação social informal com pessoas de status semelhante ao seu, mas através da autoestimulação (ler ficção, assistir TV, tomar drogas, masturbar-se) e ostentação (exibir-se de forma ritualizada para admiradores de status inferior, como vestir roupas absurdamente impraticáveis ou organizar festas extravagentes e destrutivas). Os narcisistas ligados em tecnologia também estão propensos a realizar muito "ego surfing" (procurando seus próprios nomes no Google para ver o que aparece) e revelar abertamente detalhes pessoais em seus blogs.
Esta descrição lhe lembra alguém? Se você for um adulto na casa dos 40, ela pode se encaixar a todos os jovens adultos. Se você vive num país pobre, pode lembrar-lhe todos os americanos. Se for mulher, pode soar como própria a todos os homens. A maioria de nós pode parecer narcisista para algumas pessoas em determinados momentos. Entretanto, estima-se que o verdadeiro transtorno de personalidade narcisista - narcisismo extremo, inexorável e explícito - só afete aproximadamente 1% da população. Não obstante, a capacidade de ser narcisista, sob determinadas circunstâncias, parece estar presente na maior parte dos seres humanos normais. O consumismo desenfreado funciona principalmente ao criar essas circunstâncias e estimular essa capacidade.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

ULYANA SERGEENKO

O site Style.com publicou entrevista com a estilista russa e alvo dos fotógrafos de street style há algumas temporadas, Ulyana Sergeenko. Sua marca homônima  estreou na última semana de moda em Paris. Ela fala da estreia, de seu estilo pessoal e de suas raízes.





Dois anos atrás, pessoas no seu próprio país riam das saias folclóricas e dos vestidos compridíssimos da russa Ulyana Sergeenko. Hoje, elas estão fazendo fila para vesti-los em Moscou e em Paris.
Por Nicole Phelps

Ulyana Sergeenko. Delineador e batom são quase tão marcantes no visual quanto a coleção de Dolce & Gabbanas, Chanels, e Pradas


Era uma vez, ou três anos atrás para ser mais preciso, os assuntos favoritos de Tommy Ton costumavam ser os editores de moda de Paris, Milão ou Londres , e os varejistas desses lugares. Hoje, ele mais frequentemente do que nunca, mira suas lentes sobre a nova Federação Russa - Miroslava Duma, Elena Perminova, Anya Ziourova, Vika Gazinskaya, e especialmente a sua mascote não-oficial, Ulyana Sergeenko. As ousadas e múltiplas trocas diárias de roupas de luxo de Sergeenko são difíceis de resistir, e não apenas para o nosso fotógrafo de street style residente. Esposa de 32 anos de um magnata russo do ramo de seguros, Sergeenko tem apostado sua fama recém-descoberta em uma grife de moda em expansão, que fez sua estréia na semana de moda em Paris no início deste mês. Foi corajoso ou imprudente ir contra maisons com décadas de know-how, mas Sergeenko atraiu uma multidão que incluía Carine Roitfeld, Patrick Demarchelier, e Grace Coddington, e a mensagem era clara: Esta última invasão russa está apenas começando.  Style.com falou com a nova designer por telefone a partir de Moscou para descobrir quem está fazendo pedidos, as origens de sua fixação por moda na juventude, e porque ela tem sonhos com Dolce & Gabbana.


Vamos começar com o seu desfile couture. Qual você acha que foi o resultado, a resposta da crítica, como estão os pedidos?
Eu estava exausta e muito feliz ao mesmo tempo. Toda a equipe fez um ótimo trabalho. Você sabe, a marca existia há apenas um pouco mais de um ano. Foi muito, muito difícil para nós fazer todas essas coisas e preparar tudo, mas temos um grande número de encomendas. Pessoas de todo o mundo, estamos recebendo pedidos de um monte de coisas. Estamos realmente muito, muito felizes porque isso significa que as pessoas gostam. Sabe, o que poderia ser melhor?

Que peças receberam mais pedidos?
Temos um top cinco. Primeiro, a saia que a Jessica Stam desfilou. Em segundo lugar está o casaco com zibelina. Então, muita gente quer as bolsas, que você pode usar nas costas. Os sapatos vermelhos. E um vestido rosa que a Elena Perminova estava usando. Ela era uma convidada e já estava com uma peça da passarela.

Ela deve talvez estar em seu desfile na próxima temporada. Vocês duas eram modelos, certo?
Eu não sou mais modelo. Foi muito, muito tempo atrás, em St. Petersburg. É claro, não foi Paris. E os meus pais eram ambos contra esta profissão. Eu era muito jovem e precisava da permissão deles para deixar o país, o que não aconteceu. Estou feliz com isso agora, mas naquela época eu fiquei muito chateada.

Por que você está feliz com isso agora?
Estou absolutamente satisfeita com a minha vida agora. Estou feliz por não ser modelo, por ser uma designer. Eu acho que eu encontrei meu caminho. Amo minha profissão, amo meu trabalho, meu negócio. Eu gasto todo o meu tempo em nosso escritório.



Por que desfilar durante o Couture e não no Prêt-à-Porter?
Temos de fazer alta-costura, porque na Rússia não temos qualquer indústria de moda. É muito difícil organizar o processo de produção do prêt-à-porter, por isso temos de fazer roupas de alta costura. Estamos fazendo tudo em um só edifício. Todos os nossos botões bordados, todos os nossos sapatos. Nós estamos tentado encontrar pessoas de todo o país que podem fazer algo realmente muito especial. É por isso que fazemos alta costura.

Quem você gostaria de vestir que não vestiu ainda?
Agora, estamos recebendo muitos pedidos de celebridades. Mas para mim, eles são todos iguais. Claro, é um grande prazer e grande honra que Natalia [Vodianova] tenha escolhido a nossa marca. Ela não sabia nada sobre nós. Ela me conheceu há mais de um ano atrás, vestindo meu próprio casaco de pele e botas, e ela perguntou onde eu comprei. Eu disse a ela que eu mesma os tinha feito, e ficou muito surpresa. E desde então ela é um cliente nossa, estamos realmente fazendo um monte de peças para ela. Estou muito, muito feliz que ela gosta delas e ela está usando todos os lugares. É uma grande honra, mas não é um contrato, não é algo comercial, é amor. Nós a amamos e ela nos ama.

Você estará desfilando novamente em janeiro?
Claro, nós esperamos que sim. Nós já começamos a trabalhar no próximo desfile e desta vez teremos mais tempo. O show anterior, nosso primeiro em Paris, nós o preparamos inteiro em menos de três semanas.



Será que suas raízes russas serão uma constante em suas coleções?
Eu sei o que vamos mostrar em janeiro e em julho próximos, eu acho que temos algo como seis conceitos prontos. Eu só quero ser uma designer russa. Temos uma cultura muito rica. Eu gostaria de mostrar a todo o mundo que temos uma grande história. É uma história que nunca termina. Eu posso tirar e tirar e tirar, temos realmente um monte de coisas para tirar de nossa história.

Quais são seus objetivos para a marca?
Para ser franca, ainda não sei, mas espero o melhor. Acabamos de voltar da Itália, do desfile couture de Dolce & Gabbana e eu estou admirando muito. Por mais de 20 anos eles estão sempre usando algo da Itália, da história do seu país e estão fazendo isso muito bem. Eles são meus ídolos. Eu gostaria de ter algo parecido com o que eles têm.
Você vai comprar alguma coisa da sua coleção deles?
Eu sou absolutamente apaixonada por esta marca. Eu amo o que estão fazendo. Quando eu penso sobre Dolce & Gabbana eu simplesmente sei quais os livros deque eles gostam, quais os alimentos de que eles gostam, que filmes eles assistiram. Eu os entendo. Sim, eu comprei algumas coisas. Foi tão comovente. Eles realmente mostraram uma parte deles.

Fale sobre seus outros estilistas favoritos.
Eu realmente admirava e ainda admiro John Galliano, porque, claro, ele é um gênio. E eu amo o que Karl Lagerfeld faz para a Chanel, especialmente alta costura. Eu amo as coisas dele. Desta vez foi engraçado porque Raf Simons, em sua coleção para a Dior Couture, criou essa saia floral bonita, com uma blusa transparente. Não era o "nosso" olhar, mas era uma coisa muito minha. Admiro um monte de designers. Quando você está fazendo algo por si mesmo, você entende o quão difícil é ser um designer, como é difícil ter inspiração o tempo todo, como é difícil organizar todos os processos. Eu amo todos os designers. Eu amo os sapatos do McQueen, os chapéus de Philip Treacy ou Stephen Jones. Eu tenho uma coleção de coisas realmente originais, e estou feliz de tê-la.



Como você se interessou por moda?
Toda minha vida eu fui absolutamente louca por coisas boas e bonitas. Talvez seja por causa da minha avó. Eu tive uma infância Soviética, e era difícil comprar algumas coisas. Minha avó fez vestidos para mim. Ela usou todas as suas fontes para me fazer ficar bonita. Eu nasci no Cazaquistão. Quando eu estava na escola, toda a escola discutia como eu estava vestida. Eu gostava de usar, por exemplo, um vestido com calças, algo um pouco louco. Tínhamos um uniforme na minha escola. Você sabe, os professores ficavam com raiva de mim porque eu estava sempre desobedecendo eles e usando o que eu queria.

Você tem outros ícones de estilo?
Eu me inspiro em estrelas de filmes antigos, a partir de desenhos animados soviéticos, às vezes até mesmo nos heróis de desenhos animados. Eu adoro a Ava Gardner, eu amo Sophia Loren, eu amo Brigitte Bardot, e é claro, Grace Kelly. E um monte de nomes soviéticos, que eu acho que você não conhece. A cultura soviética não é tão popular.

Quando você está em Paris, você é seguida por um bando de fotógrafos. Existem fotógrafos em Moscou que te encontram e te fotografam?
Não, é uma das razões por que decidi me mudar para Paris. Infelizmente, as pessoas aqui não amam tanto a marca e a mim no meu país natal, e eu sinto muito sobre isso.

Então as pessoas não prestam muita atenção à moda em Moscou?
Não, aqui eles prestam muita atenção à moda e todas essas coisas. Alguns deles, talvez não queiram se desenvolver, fazer alguma coisa para ser bem sucedido, ter um emprego. Eles preferem ser agressivos ao invés disso. O país não é muito bem sucedido como um todo. Estamos tentando mudar a situação.

As pessoas estão com inveja do seu sucesso?
Eles não estão com inveja do meu sucesso em particular. A maioria das pessoas são agressivas com todos que são bem sucedidos ou que têm dinheiro, ou que estão tentando trabalhar para mudar a situação no país. Eles simplesmente preferem não fazer nada. Não é sobre mim.



Você tem um visual tão peculiar. Você já se percebeu influenciando o estilo dos outros em Moscou?
É uma pergunta muito boa. Quando eu apareci na cena há alguns anos, muita gente riu de mim. Eu tenho um estilo muito reconhecível e, talvez, engraçado. As pessoas riram, realmente, das minhas longas saias. Mas agora um monte de gente pede para suas costureiras, "Me deixe igual à Ulyana." Temos muitas pessoas com roupas semelhantes às minhas saias. Temos agora um monte de designers russos que estão produzindo saias e vestidos parecidos. Não muito tempo atrás, era muito engraçado e as pessoas riam. Agora eles estão usando.

Onde é que você faz a maioria de suas compras?
É uma situação comum, quando eu estou vendo um desfile, uma passarela, e eu fico louca por alguma coisa, pedir para ter a coisa. Eu não estou falando de alta costura, é claro, estou falando de prêt-à-porter. A maioria das coisas interessantes e originais não são produzidas depois do show. É sorte quando as pessoas são tão amáveis ​​e me vendem o item do desfile. Todas as marcas, eles têm a mesma resposta. "Esta não é uma coisa comercial, não podemos produzi-la. Ninguém, exceto você, Ulyana, quer comprar isto, lamentamos."

As meninas no meu escritório querem saber, você muda sua roupa tantas vezes em casa, em Moscou, quanto faz nas temporadas de desfiles?
Não, claro que não. Antes, quando eu não trabalhava, mudava muito de roupa, realmente, estava realmente como uma louca. Agora, como eu tenho que trabalhar muito, eu simplesmente não tenho tempo mais. Eu ainda tenho um interesse. Gosto de mudar de vestidos, adoro criar algo especial, para combinar as coisas. Mas agora, me desculpe, eu não tenho tempo, estou usando tênis e jeans e estou sem maquiagem.

Elas também perguntaram, quão grande é o seu armário?
Parece uma casa. Há apenas uma pessoa capaz de encontrar algo lá: Eu, mais ninguém. Lembro-me de tudo, é como um programa na minha cabeça, com botas, calças, saias, chapéus, lingerie.



Coisas de qual estilista você diria que possui mais?
Eu não posso  dizer, há um monte de arquivos na minha cabeça. Eu tenho muito de Dolce & Gabbana, de Prada, e muito de Chanel, mas não a Chanel russa. Estou coletando itens de desfiles, muito raros. Eu tenho um monte de roupas vintage, e um monte delas eu estou comprando na América, a partir de leilões, de colecionadores particulares, a partir da loja Ressurrection. Porque nos Estados Unidos há uma série de peças únicas em excelente condição, eu não sei por quê. É sorte encontrar uma coisa em bom estado dos anos quarenta ou trinta ou cinqüenta. Eu tenho mais coisas em bom estado a partir dos anos sessenta. Claro que estou usando, mas deve ser uma ocasião especial para usar estas peças. Estou guardando para desfiles de moda. [A entrevista é interrompida por crianças que entram no quarto.] Me desculpe, são meus filhos.

Eu pensei que você tinha apenas um.
Eu tenho dois, um menino de 11 anos de idade e uma menina de 6 anos de idade. Ela gosta muito de desfiles. Para ela era é uma coisa comum, ela tem um monte de vestidos, meus vestidos. Ela gosta de moda e está fazendo um monte de esboços, que às vezes eu uso, porque alguns deles são muito originais. E ela está fazendo vestidos para suas bonecas. Ela está organizando algumas performances que chamamos de "passarela", quando está pegando algo de meu guarda-roupa ou se trocando.

Você está levando-os para as férias de Verão?
Não há planos ainda. Talvez você tenha ouvido que, na Rússia, nós temos essa grande tragédia. As enchentes [na região de Krasnodar]. Natalia organizou um acampamento lá, ela está apoiando as pessoas. Ela está fazendo muito e eu acho que eu e Frol [meu parceiro de negócios] iremos voar para lá e ajudar Natalia, e talvez nós sejamos capazes de ajudá-los. Nós não temos quaisquer outros planos. Você sabe, é um grande prazer para mim agora trabalhar. Eu não posso sair de Moscou, mas é uma coisa boa. Eu encontrei algo muito valioso e estou feliz por isso.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

ROADTRIP


Viajar é minha atividade preferida. Todo mundo acha que gosta de viajar, mas nem todo mundo sabe fazer essa experiência realmente valer a pena. Eu gosto de pensar que eu sou uma das que sabe. No mês passado eu fiz uma das melhores viagens, com pessoas que eu gosto muito. Não só os destinos eram bacanas, mas o fato de fazer os trajetos de carro fez toda a diferença. Havendo a oportunidade, deixe a preguiça de lado e dirija pela costa da Califórnia, adentre o deserto. Ter contato com paisagens diferentes das que a gente tem ao nosso redor todo dia traz um novo ânimo para a alma, faz lembrar como nós somos insignificantemente pequenos e que tem muito ainda a se descobrir mundo afora.

Como eu sou meio preguiçosa, vou aproveitar a ajuda profissional da companheira de viagem e irmã que felizmente teve a manha não só de tirar as fotos durante a viagem, como de editá-las agora, na volta. O blog dela nasceu hoje e o primeiro post tem algumas fotos da nossa roadtrip. Clique na foto dela (usando o casaco que eu "fiz") para ver todas!





terça-feira, 17 de julho de 2012

THINK OUTSIDE THE BOX - CLOTHING VERSION

"Think outside the box" is the mantra of the advertising / creative universe, and although it is a cliché, it can be applied to our lives and our style. In the post where I proposed myself a challenge I talked about seeing clothes in new ways and trying new forms of use. I didn´t illustrate it, so I decided to redeem myself and I will show some examples of pieces in unusual ways of wearing them. Inspiration is always good! 



SHIRTS 

On the left, an open-neck shirt turns into a skirt with the help of a belt. The sleeves form an interesting volume. You can also cut a shirt that you no longer use. 
On the right, a t-shirt dress is worn over a chemise. It is charming and can be a good idea to wear that too-short –for-work printed dress more often. All you have to do is layer it on top of a longer one. 



DRESS + SHIRT 
Wear the shirt open over the dress, and a belt it up. It gets a fresher look and the extra layer can protect better when it´s kind of cold. 
With it tied in a knot, the dress becomes a skirt. Make sure the color combination is a good one. 



CARDIGAN, ONLY THE OTHER WAY AROUND 
It is a very easy and good variation for revealing necklines and have the front completely closed. Good to remember that people see us from behind. 
The little buttons, usually so dull, turn into a special detail. Change the perspective and everything changes. 



SKIRT 
These are my favorite. The sweatshirt or sweater has the very trendy sporty touch and a different volume that we usually don´t have in our closet. 
The sleeves form a tie that makes it even more interesting. 

So? There's no rocket science, what do you think? We can put it into practice tomorrow!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

BRECHÓS MISSION ST, SAN FRANCISCO

Não é segredo para ninguém que eu gosto de comprar roupa usada. Nem adianta torcer o nariz, porque há grandes chances de que aquela roupa que você elogiou quando me viu usando tenha vindo de uma loja dessas. Brechó, thrift store, trade store... eu procuro por elas em todas as minhas viagens, e conto aqui sobre as melhores. Lembra do post sobre as melhores da Europa?

Thrift Town, no número 2101 da Mission St.

 Eu preparei um para falar só da Mission Street, no Mission District, em São Francisco, porque se você também não tem preconceito, é um lugar muito bom para passar umas horinhas e fazer bons negócios. Eu fiz! Foi lá que eu achei o chapéu de inverno para me redimir da besteira que eu fiz na última viagem, comprei uma camisa de presente pro meu irmão, uma jaqueta lindinha toda lady like. Tudo ridiculamente barato e altamente usável, o que é melhor.

Aliás, acho que essa é uma das coisas boas de fazer compras nesse tipo de lugar. Além do fator sustentável, de estar reaproveitando peças que alguém deixou de usar, é uma oportunidade de se expor a estilos diferentes dos que você está acostumada. Por um preço tão mais baixo que o normal, a gente se anima a experimentar. E muitas vezes, dá certo. Sair da zona de conforto dá aquele medinho, mas geralmente leva a coisas melhores, vai por mim!

San Francisco - Mission District: Mission Street
Mas voltando... o Mission District não é um bairro do tipo bacana. É bem periférico, surra de realidade mesmo. Nas mesmas lojas que você vai encontrar as barganhas, pode encontrar até moradores de rua, que fazem compras ali por necessidade e não estão garimpando. Mas isso é bem comum na Califórnia. Fui a diversos lugares onde havia essa mistura de pessoas: os hipsters mais bonitos e estilosos do mundo ao lado dos homeless, convivendo numa boa.

A Thrift Town é a loja maior e um bom lugar para começar. Lá também tem uma Goodwill razoavelmente bem organizada, e a rua inteira tem lojas, cada uma com um estilo em particular. Tem que ir para ver. Se você prefere uma coisa mais hype, o lugar em SanFran é outro, Haight St, que eu já comento mais para frente em um próximo post.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

BÁSICO E BARATO (MESMO)!!!

Quando eu falo básico, eu quero dizer básico mesmo! Quando eu leio essas mini-matérias de revista contando quais são os produtos com os quais fulana não sai de casa sem, eu sempre penso que eu não faço parte do mesmo mundo delas. Eu só não posso sair de casa pelada, sem escovar os dentes e se meu cabelo estiver sem lavar há mais de 40 horas (isso quer dizer que ele vai estar grudado na minha cabeça). Fora isso, até que tranquilo. Quero deixar claro que na maioria das vezes que eu sei que vou dar de cara com estranhos, eu até dou uma caprichadinha. E só por eu considerar isso um capricho, já dá pra notar que não é raro eu estar de cara limpa.

Então, quando eu digo que uma coisa é básica e barata, eu quero dizer isso mesmo. Eu não poderia viver sem e custa pouquíssimos reais. E eu de fato uso, e isso não é jabá, publipost, nem nada. Meus 3 básicos baratíssimos são:


Shampoo Palmolive Neutro
 À procura de um shampoo que realmente fosse neutro, foi o melhor que eu encontrei. Por R$ 3,50 você tem um shampoo que cheira bem sem ser muito forte, limpa bem o cabelo sem deixar ele duro, e não deixa o cabelo "enjoado". Uso há uns 6 meses e ainda me sinto enamorada!



Hidratante Facial "Faces" Panvel (peles oleosas a mistas)
 Panvel é uma rede de farmácias do sul, e eu comprei esse hidratante porque ia usar como paliativo até a viagem, onde eu sabia que teria como escolher entre mais opções e preços melhores de hidratantes. Mesmo não tendo super tecnologias e princípios ativos, continuo usando porque é quase aquoso e consegue hidratar a pele do meu rosto do jeito que eu gosto. Acho que eu paguei uns R$ 6,00.



Nivea LipCare Pomelo Rosado
 Eu nem sei se vende por aqui. Ganhei da minha mãe já há uns dois ou três anos e só está acabando agora, apesar de usá-lo quase todos os dias. Eu gosto mais do que o de morango que eu vejo nas farmácias daqui, por causa do cheiro que é mais cítrico, mas o efeito é o mesmo: hidrata o lábio e de quebra deixa uma corzinha. Como raramente uso batom,  é muitas vezes um dos itens da minha maquiagem.


terça-feira, 10 de julho de 2012

TAYLOR TOMASI HILL FALA SOBRE SPFW


O site Fashionista aproveitou a Brazil Week do site Moda  Operandi para publicar a entrevista que fizeram com a diretora artística, Taylor Tomasi Hill, sobre o nosso SPFW. Para quem não está a par, o Moda Operandi funciona da seguinte maneira: uma equipe liderada pela ex-editora de acessórios da Marie Claire norte-americana vai até a cidade onde estão acontecendo as semanas de moda, e lá fotografam os looks que estão sendo desfilados naquela temporada. O e-commerce lança, então, um mostruário virtual que fica disponível de 3 a 7 dias. O comprador faz sua encomenda através de um depósito de 50%, e quando a peça fica pronta o estilista a envia ao MO. O consumidor final a recebe completando o pagamento.

Ela esteve aqui na última edição da SPFW e agora é possível fazer as encomendas das marcas brasileiras selecionadas por ela. Leia a entrevista traduzida para saber o que ela achou.



Pela terceira temporada consecutiva, o Fashionista cobriu a São Paulo Fashion Week. Fora as quatro principais semanas de moda, São Paulo está provando ser uma importante a ser seguida, em nossa opinião. A indústria da moda tem investido intensamente nos mercados emergentes dos países do BRIC, e enquanto a China tem sido o foco de tais esforços, o Brasil não pode ser descontado.

A expansão econômica do país, sua indústria têxtil e profundidade de talento (além da oferta infinita de modelos lindas) fazem uma parada em São Paulo cada vez mais importante no circuito da moda. A Moda Operandi pensa assim também. O site de vendas enviou a diretora artística Taylor Tomasi Hill para explorar o talento para eles. E algumas de suas escolhas acabam de ir para o ar, em venda especial já disponível!

Aqui está o que ela tem a dizer sobre o seu tempo em São Paulo, como é diferente do resto das grandes semanas de moda, e sobre os designers que ela pegou para Moda Operandi enquanto estava lá. 



Fashionista: Por que você decidiu ir para São Paulo nesta temporada?
Seguidores de moda e insiders estão sempre procurando algo novo, é o que mantém isso interessante. Vimos um monte de talentos em São Paulo e fiquei emocionada ao ser capaz de me conectar com designers brilhantes, editores de moda e blogueiros de lá.

Quais foram as principais diferenças que você notou entre a São Paulo Fashion Week e as principais semanas de moda de Nova York e Europa?
Cada semana de moda é muito diferente das outras e é influenciada pelo povo e cultura da cidade que as hospedam. O clima no Brasil é expressivo, o que está definitivamente refletido nas coleções que estamos apresentando esta semana no Moda Operandi, para a Brazil Week.



O que te surpreendeu mais sobre São Paulo?
Eu estava esperando ver principalmente moda praia e fiquei animada após meus primeiros encontros onde encontrei algumas boas coleções coesas. Algumas pequenas, mas poderosas, ao mesmo tempo. Cada marca que selecionamos tem uma identidade forte e clara.

Quem é que você acabou pegando para vender no Moda?
Estou confiante nas marcas incríveis que separamos para apresentar no Moda Operandi esta semana, um pouco de algo para todos. A venda especial do Brazil Week inclui ready-to-wear da Patricia Viera, Colcci, J. Chermann, Cris Barros, Paula Raia, Isolda, Pedro Lourenço, Barbara Bela e Iódice, jóias de Silvia Furmanovich, Carla Amorim, Ara Vartanian e Linha Ara Varatanian; Moda praia por Adriana Degreas e Água de Côco.



O que você fez enquanto não estavam em shows?
Quando vou às diferentes semanas de moda, eu me pego mais em showrooms do que sentada em salas de desfile. Shows são certamente importantes para capturar o sentimento ou a mulher que o designer está querendo atingir, mas quando pressionada pelo tempo, quanto mais eu posso ver, melhor. Quando se trata de edição, sou rápida e, geralmente, não questiono a minha decisão. Fotografamos 15 coleções em dois dias, que é um recorde para nós.

Os brasileiros já tinham ouvido falar do Moda? É popular por lá?
Sim, o Moda Operandi é muito popular no mercado brasileiro. De fato, o site tem uma versão disponível em português por essa razão. A resposta que recebemos do Brasil foi mais do que de boas-vindas e é realmente emocionante para nós ser capaz de dar a esses talentosos designers do Brasil uma maior exposição a nível internacional.

MACACÃO(ZINHO)

De macacão de calça eu sempre gostei. A primeira imagem que me vem à mente quando ouço falar sobre é uma coisa meio Farrah Fawcett, anos 70, cabelo com volume, silhueta esguia, glamour sexy, e tudo que uma mulher pode querer parecer ainda nos dias de hoje.

Macacão de shorts costumava soar mal aos meus ouvidos. Imaginava sempre aquele tipinho que tem um elástico na cintura, do tipo que faz a bunda parecer comprida e nunca para exatamente na altura que você espera, sabe? Mas aí, virou tendência, eu comecei a ver boas variações e tirei o preconceito do coração.

Se você ainda o tem, tente olhar com imparcialidade as fotos a seguir. Com bom corte, boa cor, boa estampa, ele vai ser uma boa alternativa aos vestidinhos no verão. Para quem já aderiu aos shorts, é um passo, bem pequeninho.

pussylequeer.tumblr.com





sexta-feira, 6 de julho de 2012

L.A. SUNDAY




Too odd to start at the end? But c'mon, this is just my style ...
My last day trip was in Los Angeles, all by myself in a beautiful summer Sunday. Not that I have too much authority to act as a guide for the city that I knew for no longer than seven days, but I had a good day and so I think it's only fair to share it.

First of all, I gotta say that LA was never my dream destination. I had a certain prejudice. For me, the city came down to Beverly Hills and Hollywood, and they didn´t quite made me interested. I ended up there because my sister was studying at UCLA and, making the long story short, the family planned a trip to "get her back".



On Sunday, everyone boarded back to Brazil but me, who had scheduled my flight to Monday. I rented a car and went to see what was there to do. During June and July, the day starts cloudy, as a resident told me, and around noon the sun appears high and shiny.

My first stop was the Farmers Market, which I had already visited, but I knew I could find gifts that were still missing. It is quite a tourist spot, with a food court with lots of variety of fruit and food stands. At the same place, a shopping center where the best brands surround one of those dancing fountains. Like I said, very tourist like. But pleasant, especially on a sunny afternoon.



The second target was suggested by Andreia, who lived there and loves a flea market. The Fairfax Trading Post happens every Sunday, at the corner of Fairfax and Melrose Avenue, and is one of the best flea markets I've been to (a suuny day and beautiful people scored many points). For $ 2 entry, you will find furniture, records, art, wonderful empanadas, and what charmed me most, tents specializing in old boots separated by style, vintage band shirts, corsets and custom jewelry made from pieces of the beginning of the 20th Century.






Taking advantage of having no one telling me not to cut my hair which was already at my waist line, and also the fact of being in a suitable neighborhood, I left the fair and went looking for a hair salon. I had already done a GPS search and knew that there were at least two at that point of Melrose, I just had to check whether they were  open on a sunday. The first one I saw was charging $ 85 a haircut, and I thought, kind of expensive for a mini-madness. I sympathized for the second one right away, and despite the grumpy clerk, I knew I wanted to cut my hair there even before asking the price.



Luckily, it was much more reasonable. Rudy's Barber Shop is an interestingly decorated, and as I found out only after getting their business card and looking at  their website, a story beyond friendly and a promise that could not suit more perfectly with what I expected that day. On the home page you read: "If you wake up in the morning and decide you need a haircut, you don’t have to wait 3 weeks for an appointment ... You can walk into any Rudy's any day of the week and get a great haircut." They were founded in Seattle in 1993. Nothing more grunge, uh ... On the ‘About’page you find a cool video that talks about it and show all address (they´re in Seattle, Portland, Los Angeles and NY).



You know, I believe in signs. And I got rid of about 30 cm of hair! Trista, a super nice girl who was born in Orange County, was responsible for grooming, and could not have better understood my expectations. You know you made the right decision when you think why haven´t I done this before, huh?

And so, I went a few pounds lighter to the hip hop party that I wanted so much to know, The Do-Over, in Hollywood. To my disappointment, arriving there the queue was too big and I quit. But for those who like that sort of sound, I'm sure it's worth. You could see that it was on fire!



Was already getting late, and I was getting hungry. I decided to go to Westwood for a walk and eat something. The neighborhood is very close to UCLA and I had already become familiar with it. There are some interesting shops and a climate of movie set, I can not explain why. I ate a pretty decent falafel sandwich and went back to the hotel with a great impression of the city.



Luckly, when I arrived in Sao Paulo the weather was warm, otherwise I would be longing for the trip much worse!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

DOMINGO EM L.A.


Estranho começar pelo final? Mas vamos lá, que esse é meu jeitinho...
Meu último dia de viagem foi em Los Angeles, na companhia de mim mesma e num domingo lindo de verão. Não que eu tenha muita autoridade para atuar como guia de uma cidade que eu conheci por não mais que sete dias, mas eu tive um dia bem gostosinho, então acho justo compartilhar.

Antes de tudo, é preciso dizer que L.A. não era meu destino dos sonhos. Tinha um certo preconceito. Para mim, a cidade se resumia a Beverly Hills e Hollywood, e nada disso me despertava muito interesse. Acabei parando lá porque minha irmã estava estudando na UCLA e, resumindo, a família planejou uma viagem para "buscá-la".

olha eu ali!


No último domingo, todo mundo embarcou de volta para o Brasil, menos eu que tinha marcado meu vôo para segunda. Peguei um carro e fui ver o que tinha para fazer. Nos meses de junho e julho, os dias amanhecem nublado, como me explicou uma moradora, e por volta do meio-dia sai aquele sol de rachar.

Minha primeira parada foi o Farmers Market, que eu já tinha visitado, mas era o lugar onde eu sabia que podia encontrar os presentes que ainda faltavam. É um ponto bastante turístico, com uma praça de alimentação com muita variedade, de barracas de frutas e de comida. No mesmo lugar, um centro de compras onde as melhores marcas rodeam uma daquelas fontes dançantes. Como eu disse, bastante turístico, mas agradável, principalmente numa tarde ensolarada.



O segundo destino foi sugestão da Andréia, que morou lá e adora um flea market. A Fairfax Trading Post acontece aos domingos, na esquina entre a Fairfax e a Melrose Avenue, e é um dos melhores mercados de pulgas a que eu já fui (um dia de sol e gente bonita contaram muitos pontos). Por US$ 2 de entrada, você vai encontrar móveis, discos, arte, empanadas maravilhosas, e o que mais me encantou, barracas especializadas em botas usadas separadas por estilo, camisetas de banda vintage, corsets customizados e bijouterias feitas com peças do começo do século XX.










Aproveitando que não tinha ninguém que fosse me convencer a não cortar meu cabelo que já chegava na cintura, e também o fato de estar numa vizinhança adequada, eu saí da feirinha e fui procurar um salão de cabelereiros. Já tinha feito uma busca pelo GPS e sabia que existiam pelo menos dois naquela altura da Melrose, restava saber se estariam abertos em pleno domingo. O primeiro que eu vi aberto cobrava US$ 85 pelo corte, e eu pensei: meio caro para uma mini-loucura. Pelo segundo eu simpatizei na hora, e apesar do atendente mal-humorado, decidi por ele antes mesmo de perguntar o preço.



Por sorte, era muito mais razoável. O Rudy´s é uma barbearia com uma decoração interessante e, como eu fui descobrir só depois de pegar o cartão deles e entrar no site, uma história para lá de simpática e uma promessa que não podia ter mais a ver com o que eu esperava naquele dia. Na página inicial deles, se lê: "Se você levantar de manhã e decidir que precisa de um corte de cabelo, você não tem que esperar três semanas por um horário... Você pode entrar em qualquer Rudy´s em qualquer dia da semana e ter um corte de cabelo incrível". Eles foram fundados em Seattle, em 1993. Nada mais grunge, ahn... Na página deles tem um vídeo bacana que fala disso e os endereços todos (tem em Seattle, Portland, Los angeles e NY).

clima 'Z Carniceria'



Sabe como é, eu acredito em sinais. E lá fui eu me livrar de uns 30 cm de cabelo! A Trista, uma menina mega simpática que nasceu em Orange County, foi responsável pela tosa, e não poderia ter entendido melhor as minhas expectativas. Você sabe que tomou a decisão certa quando pensa por que não fez isso antes, né?!

E assim, eu segui alguns gramas mais leve para a festa de hip hop que eu queria tanto conhecer, The Do-Over, em Hollywood. Para minha decepção, chegando lá  fila era muito grande e eu acabei desistindo. Mas para quem gosta desse tipo de som, tenho certeza que vale a pena. Dava para ver que o negócio tava animado!

A Do-Over é do ladinho da Amoeba Music de LA

Já tava ficando tarde, e eu com fome. Resolvi ir para Westwood, dar uma volta e comer alguma coisa. O bairro fica bem perto da UCLA e eu já tinha ficado meio familiarizada. Tem umas lojinhas interessantes e um clima de cenário de filme, não sei explicar bem por quê. Comi um sanduíche de falafel bem decente e voltei para o hotel com uma ótima impressão da cidade.


Sorte que cheguei em São Paulo em pleno veranico, se não ia ficar com muito mais saudade da viagem!