HI-LO DA VIDA SOCIAL

Quem me vê, sem me conhecer, jura que eu sou cheia de frescura. Não vou negar algumas chatices, mas se tem uma coisa que é unanimidade, é a surpresa que cada um que passa a conviver comigo tem ao descobrir que eu vou a qualquer lugar, como praticamente qualquer coisa e sei de cór a letra dos mais diferentes ritmos musicais. Eu sou um híbrido!

E eu acho que todo mundo devia ser mais assim. Acho fino conhecer Goyards e Ladureés da vida, mas também o boteco do seu bairro. Admiro aqueles que dizem, sem nenhum pingo de vergonha, que economizam água e luz em casa e com a mesma desenvoltura que desfilam suas calças Diesel, pegam o metrô para um compromisso que assim o permite. Feliz de quem aprendeu a misturar Riachuelo, Pernambucanas e C&A com NK Store, Forum e Osklen. A vida é cheia de possibilidades, a gente tá qui para experimentar de tudo e esbanjar dinheiro é terrivelmente cafona.

Eu sou Hi-Lo em tudo, tudo. Literatura, cinema, TV, música, roupa e, finalmente o que eu tava querendo contar desde o começo, comida. Tudo para falar da minha descoberta do fim de semana, que na verdade não foi minha, mas que eu fui conferir no último sábado, acompanhado de amigos tão híbridos quanto eu.

O Riconcito Peruano , que eu achei pelo Meninas de Ouro, fica no centro de São Paulo (na região da Sta Ifigênia, para quem conhece) e é um restaurante que basicamente atende a comunidade peruana. Os funcionários falam espanhol, eles servem Inka Cola e os pratos são muito baratos. Nós pedimos ceviche, chicharrón de peixe, lomo saltado e uma batata com um molho que eu não vou lembrar o nome. Tudo era extremamente gostoso, a Inês deu abracinhos nas meninas na saída e todos ficaram bem felizes com o almoço de R$20 (cervejas incluídas, já que fazia um calor da penha).

Tirei foto de alguns pratos. Se alguém quiser me convidar para voltar lá, será um prazer.