Aí ontem eu lembrei de um post de outubro que falava das tendências e uma amiga comentou sobre um artigo que "explicava" que a chatice que vem sendo apreesentada é estratégia para superar a crise, visto que ninguém vai renovar o guarda-roupa. Oi? Vai se dar ao trabalho de "criar" uma coleção que já nasce morta e ainda por cima gastar o recurso já escasso para mostrar novidade nenhuma?
Eu entendo a crise, eu entendo suas consequências. Mas não, eu não engulo falta de emoção na moda ser justificada por ela. Que as fiações, que as tecelagens e que até as confecções segurem a onda por conta da recessão, ok. Que as passarelas fiquem tão mortinhas, eu acho o fim. Crise é hora de redobrar a criatividade, ou não é? Na vida real, o povo vai ter que rebolar para passar por mais essa, se reinventar, e justo quem devia inspirar um pouquinho as pessoas... desanima e faz tudo preto?
Investir em estampas marcantes, lançamentos de tecidos ultra-tecnológicos, seria um tiro no pé, concordo. Mas se você amigo estilista, da grife que cobra algumas centenas de dólares por uma peça de roupa não souber dar uma boa opção para a galere, quem vai? Como disse o Augusto Paz no post sobre a nossa temporada de inverno "Estilistas, um apelo, impressionem-nos!", e aliás não deixa de clicar no link e ler que o post é muuuito bom e tem a carta do Rony da Reserva no final, que também é muito boa e traz outra frase de efeito que, eu fico torcendo, talvez seja uma explicação: "A vida é como a natureza, não é claro para nós que sempre antes do tsunami o mar recolhe?".
Aguardemos cenas dos próximos capítulos...
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