terça-feira, 25 de setembro de 2012

DOS LIMITES QUE A GENTE SE IMPÕE

Você está confinado apenas pelas paredes que você mesmo cria
 
 
 
Começou ontem o Social Media Week, evento mundial que tem edição também em São Paulo, e eu só consegui chegar para pegar a última fala do dia, por conta do rodízio. Já tinha ouvido a Martha Gabriel falar em algum outro evento e sabia que valeria a pena ficar na rua mais algumas horas, mesmo naquele maldito dia pós-insônia. Ela tem aquele entusiasmo que prende a platéia, não importa sobre o que ela fale.
 
De maneira bem didática, ela discorreu sobre o que é economia, o que é felicidade e explicou como e porque o tema Economia da Felicidade é tão discutido atualmente. Mas eu queria focar mesmo em uma das reflexões que ela propôs. Na palestra, ela lançou a pergunta: "O que você faria se ganhasse na loteria, se dinheiro não fosse um problema?" Como se já não fosse provocação e não desse trabalho o bastante, outra pergunta mais difícil vem, a seguir. "Por que não começar a fazer isso agora?"
 
Não que seja novidade. Alguns milhares de livros de auto-ajuda já devem ter sugerido a mesma reflexão, mas ela nunca fica velha, porque mesmo quando a gente se dá ao trabalho de pensar na primeira, geralmente não consegue responder à segunda, com medo de ter que colocar em prática. A gente aprende a colocar limites a nós mesmos, em tudo. Profissional, estética, romanticamente, até. Todo mundo segue ali pertinho da média, onde é mais seguro. O modelo de emprego que outros já criaram e parece ter dado certo. Os looks copiados das revistas, dos artistas, dos blogs de moda. Relacionamentos com os rótulos que já estão disponíveis. A ilusão de liberdade que a gente tem, que faz a gente cada vez mais careta e mais medroso.
 
Ainda tem a semana inteira de SMW, na sexta e no sábado tem Ecoera na Escola São Paulo, para discutir moda e sustentabilidade (e portanto, me obriga a ir ver, voltar mais tarde para casa). A vida anda corrida e logo logo é Natal - se o mundo não acabar no dia 21 de dezembro - mas nunca é tarde para se fazer as tais perguntas e se permitir viver as respostas. Eu acho. Aqui embaixo, uma frase de Harun Yahya que  sempre me deixa com vergonha de mim mesma. E você, já se perguntou?
 
Eu sempre me pergunto por que pássaros escolhem permanecer no mesmo lugar quando eles podem voar para qualquer lugar do planeta. E então eu me faço a mesma pergunta.
 
 

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