Conheça a
jovem de 26 anos por trás da nova boutique (e rival da Colette) Fivestory
Quando a
novaiorquina Claire Distenfeld chegou aos 25, como muitos na casa dos 20 e
poucos, ela teve uma espécie de crise de um quarto de vida. “Eu tive alguns
meses de momentos ‘O que vou fazer com a
minha vida?’ “ ela me disse. Diferente da maioria dos 20 e poucos, a resposta
para Distenfeld foi uma saída incrivelmente ambiciosa: abrir um espaço de
varejo de luxo em Nova York para competir com a Colette
de Paris ou a Corso Como de Milão.
Na noite
de quarta-feira, a elite fashion se reuniu para celebrar a abertura da boutique
de Distenfeld, FiveStory, que não tem
os 5 andares, mas 2 e meio de um conjunto na East 68th St (número 18, se você
estiver nas redondezas). A boutique, que Claire abriu com a ajuda do pai, Fred,
dispõe de uma seleção meticulosamente curada e inesperada de roupas para homens
e mulheres, acessórios, jóias, sapatos, seção de crianças e casa disposta no
espaço desenhado por Ryan Korbon. Os pisos são de mármore preto e branco e as
escadas são forradas com corrimãos de ferro forjado. Leia: essa loja é chic.
Mas a localização e a decoração de luxo não necessariamente significam que o
que está à venda têm preços proibitivos, ainda bem. Há coleções contemporâneas
também, com preços entre US$ 200 e US$ 600.
Fashionista: Então como tudo isso surgiu? Por que você decidiu
abrir a FiveStory?
Claire: Eu decidi fazer isso, principalmente por uma frustração
pessoal por NY não ter mais uma experiência de varejo. Estava ficando muito
estratégico, frio, onde você vê alguma coisa num blog, ou numa revista, aí você
vai a algum lugar para comprar e vai embora. Não existia um meio-termo, e eu
queria esse entusiasmo e esse esplendor que Nova York deveria nos dar. Isso foi
o começo, e então eu me tornei um monstro, e ficava “ Se eu vou tomar a
responsabilidade de preencher uma lacuna no varejo de Nova York, então eu vou
ser grande ou vou para casa.” Agora eu tenho essa responsabilidade nas mãos de
realmente fazer algo certo, e aqui estamos, quase prontos.
Fashionista: Como você encontrou o espaço e por que aqui?
Eu cresci no Upper East Side, há dez quadras daqui, e é engraçado,
porque quando eu tomei essa decisão de abrir a loja, eu fechei meus olhos, e
foi “Eu sei onde vai ser, eu sei que cara vai ter, eu sei o que vai ter dentro
dela.” Eu acho que estava construindo a loja no meu subconsciente, porque foi
assim “Oh” Eu vou ter um conjunto nesse raio de dez quarteirões.” E eu me
lembro do meu corretor dizendo “Olhe, querida, você nunca vai encontrar isso.”
E então, como você achou?
Quer dizer, quando achei, não estava disponível. Estava à venda
como um prédio residencial, e eu disse “Eu só preciso de dois andares,” e o
dono disse “Não é isso o que estou oferecendo!” Então, basicamente, se você
liga para uma pessoa o bastante e você é persistente o bastante, algumas
pessoas vão ceder porque elas não querem mais ter que lidar com você. E nós
fomos persistentes, e trabalhamos de verdade por esse espaço, e ele está
definitivamente excedendo minhas expectativas.
E como você encontra o que gosta e armazena? É uma mistura
eclética de designers – muitos dos quais eu não reconheço de cara.
Eu acho que tenho muita sorte porque eu olho alguma coisa e ou eu
gusto ou eu não gosto – sou muito definitiva. Eu também tenho sempre um olho e
um ouvido abertos. Apenas nesse coquetel, eu provavelmente anotei dezessete
nomes, depois de as pessoas terem dito “Oh, você deveria ver isso.” Eu dedico
horas e horas por semana de pesquisa mergulhada na internet ou simplesmente
andando por aí vendo e falando. Eu acho que isso é o mais divertido... eu
poderia fazer isso para sempre. Minha mãe sempre diz “Nunca há escassez de
coisas legais no mundo,” e é verdade. Há tantos bons designers por aí que
precisam de um espaço para vender.
Quem você se sente mais animada por estocar?
Vika Gazinskaya,
obviamente, ela é incrível... Heimstone é uma marca francesa que eu adoro, tem
outra designer, Roberta Furlanetto, que fez toda a alta-costura para Christian
Lacroix, e ninguém sabe que ela é uma das vinte pessoas no mundo que consegue
manipular tecidos de um jeito que ninguém mais consegue [Nota da editora, as
peças da Furlanetto eram seriamente incríveis].
Você é jovem e isso é uma coisa tão grande para assumir. Você teve
que encarar gente que duvidou de você por causa da idade?
Eu tenho trabalhado nisso por dois anos, e eu diria que em há ano
ou um ano e meio, foi a época mais frustrante porque você tem uma visão e sabe
que vai fazer isso, mas ninguém acredita. Porque você não tem nenhuma
credibilidade, você é jovem e eles pensam “Ah, é uma história legal, mas não
vai acontecer.” E até que você tenha alguma coisa substancial a mostrar, você
só tem que lutar. Realmente mostra a que você veio e se você está realmente
apaixonado pelo que está fazendo. Porque se você não tiver paixão por aquilo,
você vai desmoronar em poucos meses. Mas você sabe, você continua e se você
acreditar o suficiente, você pode fazer outras pessoas acreditarem. Tudo que
você precisa é que um grande nome ou designer acredite nisso e então você vira
ouro – todo o resto simplesmente vem.
Quem foi o grande nome ou designer que fez ‘tudo simplesmente vir’
para você?
Foi finalizando o espaço e desenhando-o com todos os detalhes. Os
detalhes são insanos nesse espaço, e mostrá-los para alguém que não exatamente
quão legítimo você é... mesmo que eles não quisessem nos vender, eles ficaram
tão espantados com o queríamos fazer com o espaço. Então, acho que esse foi o
momento. O momento foi deixar as pessoas boquiabertas com a nossa visão e
dizendo “Ah, essa fantasia vai se tornar real. Você pode fazer parte disso ou
não, mas só para que você saiba, vai ser fantástico.”
Fotos: BFA
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