quarta-feira, 27 de junho de 2012

:: VALE A PENA :: ANNIE LEIBOVITZ

Eu posso reclamar e questionar fenômenos negativos da internet, mas eu não nego (e definitivamente me nego a deixar de desfrutar) as coisas maravilhosas que só são possíveis através dela. Ter acesso ao arquivo da Vogue desde 1892 sem sair do conforto da sua casa e sem soltar um espirro daqueles provocados pelo pó de revista velha, por exemplo, é coisa de Deus!

Eu não assino a revista nem sou membro do arquivo, mas me regozijo pela possibilidade e vira e mexe dou uma lidinha na Voguepedia só para saber um pouco mais sobre um fotógrafo, estilista, marca, modelo; qualquer um tem acesso. Hoje foi dia de ler sobre a Annie Leibovitz, e para democratizar, já que o conteúdo é em inglês, eu resolvi traduzir o perfil dela porque eu acho que vale a pena entender quem é ela, que fez o retrato de celebridades ser o que é hoje, numa sociedade tão celebrity inspired como nós somos.


 Fotografia cortesia de Annie Leibovitz. Publicada na Vogue, Novembro de 2002


"Eu estou mais interessada em ser boa do que em ser famosa," a fotógrafa Annie Leibovitz disse. Mas tendo elevado o retrato de celebridades à categoria de arte, ela se tornou tão renomada quanto muitos de seus retratados.

A carreira de Leibovitz é toda sobre timing: não apenas estar no lugar certo na hora certa, mas ter um sexto sentido que permite a ela esperar por aquele momento perfeito quando as coisas se encaixam. Nascida a terceira de seis filhos, em Waterbury, Connecticut, ela se chamava Anna Lou quando menina; cresceu vagando com sua família entre as estações da Força Aérea de seu pai. Eles viveram no Mississipi, Texas, Alaska, e Filipinas. "Nós não tínhamos dinheiro, então eles nos jogavam no banco de trás do carro e dirigíamos de qualquer das estações onde meu pai estivesse servindo até o próximo lugar," ela contou ao The Wall Street Journal em 2008. Em 1967, Leibovitz entrou no Instituto de Arte de São Francisco, pretendendo estudar pintura. Ao invés disso, ela começou a tomar aulas noturnas de fotografia, e em 1970 enviou fotos do seu tempo em um kibbutz israelense para Robert Kingsbury, o diretor de arte da Rolling Stone, que a contratou para tirar um retrato de John Lennon. Se tornou a capa da revista.

Leibovitz usou seus instintos para redefinir o que um retrato de celebridade deveria ser. Ela desenvolveu um estilo de sessão mais criativo - fotografando os Blues Brothers com as caras pintadas de azul, digamos, e Bette Midler, estrela do filme The Rose, numa cama de rosas. Trabalhando, foi como se ela estivesse documentando a história da cultura pop americana enquanto ela se desdobrava, capturando momentos no tempo, cara a cara. Em 08 de Dezembro de 1980, ela tirou outro retrato de John Lennon, dessa vez com sua esposa, Yoko Ono; foi apenas horas antes do herói dos anos 60 ser assassinado na entrada de seu apartamento beirando o Central Park. "Aquela imagem é maior que a fotografia," disse o fotógrafo de retratos inglês Harry Borden. "Foi tudo que ela precisou para garantir sua posição no panteão dos grandes fotógrafos."

Em 1983, a Vanity Fair a convidou para se juntar à sua equipe. Ela disse que se mudou para esse novo posto, em parte, para aprender sobre glamour. "Eu admirava o trabalho de fotógrafos como Beaton, Penn, e Avedon tanto quanto eu respeitava os mais corajosos comoRobert Frank," ela declarou numa entrevista
que acompanhou seu livro Annie Leibovitz: 1970 to 1990. "Mas da mesma maneira que eu tive que descobrir meu próprio jeito de reportagem, eu tive que descobrir minha própria forma de glamour."

Seus retratos começaram a requerer maior organização e produção; ela começou a contratar uma equipe para audá-la a executar sua visão. A intenção era realizar um aspecto interior extremamente pessoal e inédito de cada sujeito. Ela era perfeccionista, mas isso resultou em imagens marcantes dos ícones dos tempos modernos.

"A coisa que mais me intriga sobre ela," o fotógrafo Juergen Teller disse, "é que as fotografias todas possuem esse brilho suave. Você pode ver que algumas pessoas parecem vagamente desconfortáveis ou inquietas, particularmente nas fotos de grandes grupos para a Vanity Fair. E, mesmo quando elas estão calmas e sorrindo, não parece um sorriso real, mas um sorriso Annie Leibovitz."

No começo dos anos 2000, Leibovitz começou a trabalhar com Grace Coddington, diretora de criação da Vogue, para produzir os pródigos portfolios de contos de fada que se tornaram um traço extremamente popular da revista, frequentemente aparecendo como um presente em dezembro. Temas como Alice no País das Maravilhas ou O Mágico de Oz são trazidos à vida com elenco de figuras da indústria - modelos, estilistas e atrizes - fazendo os personagens em cenários complexos.

"Não me importa quem você é ou que níveis de energia ou paciência você tem," Graydon Carter, o editor de Vanity Fair, disse, "Annie vai te esgotar. Ela vai te derrotar. Porque ela terá mais paciência do que você. E afinal ela vai ter sua foto."

sexta-feira, 22 de junho de 2012

:: ESTRAGADORES DE LOOK :: BOLSA FAKE COM ROUPA CHEAP


Coerência é importante em tudo, do que você fala ao que você veste. De como você vive ao que você come, consome, etc. Uma coisa é hi-lo, misturar marca bacanuda com peça bacaninha de marca popular. Isso é legal. Mostra desprendimento, informação, flexibilidade, por que não dizer, uma certa humildade? Outra coisa é roupa toda ruim e aquela forçação de barra com cópia da it bag da antepenúltima temporada. Demonstra o exato contrário.

Nã nã nã. Se atenha ao primordial: tecido decente, corte bom, a cor certa para você. First things first.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

PENSE FORA DA CAIXA - VERSÃO ROUPAS

"Think outside the box" é o mantra do universo publicitário/criativo e, apesar de manjado e clichê, pode bem ser aplicado à nossa vida e ao nosso estilo. No post em que eu propus o desafio eu falei de enxergar as peças de roupa de um jeito novo e tentar novas formas de uso. Faltaram imagens, mas eu resolvi me redimir e vou mostrar alguns exemplos de peças com usos diferentes dos mais comuns. Inspiração é sempre bom!

CAMISETA

Do lado esquerdo uma camiseta com decote mais aberto se transforma numa saia com a ajuda de um cinto. As mangas se encarregam de formar um volume interessante. Dá pra fazer cortando uma camiseta que você não usa mais.
Do lado direito, um t-shirt dress é usado por cima de um chemise. Fica charmoso e pode ser uma boa ideia para levar aquele vestidinho com estampa boa mas curto demais para ambientes mais formais. É só vestir por cima de um mais compridinho.


VESTIDO + CAMISA

Com ela aberta e um cinto para finalizar, ganha uma cara nova e uma camada a mais protege melhor do frio. Com ela amarrada com um nózinho, o vestido faz as vezes de saia. Capriche na combinação de cores,


CARDIGAN, SÓ QUE AO CONTRÁRIO

É uma variação facílima e boa para revelar decotes nas costas e fechar tudo na frente. Bom para lembrar que as pessoas enxergam a gente por trás. Os botõezinhos, normalmente tão sem graça, viram um detalhe especial. É só mudar a perspectiva que tudo muda.


SAIA

Essas são as minhas preferidas. O moletom ou suéter tem o toque esportivo que a temporada pede e, de novo, tem um volume diferente que a gente costuma ter pouco no armário. As mangas da camisa fazem um laço que é sempre feminino, mas nesse caso nada bobo.

Então? Não tem nenhum bicho de sete cabeças, fala a verdade. Já dá pra colocar em prática, tipo amanhã!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

7 PERGUNTAS SOBRE MODA E SUAS RESPOSTAS


 fonte: refinery29

Onde a Anna Wintour corta o cabelo?
A Anna Wintour usa seu corte ‘bob’ desde que tem 14 anos, e mantém seu corte assinado impecável com a ajuda de um profissional que, além de cortá-lo, o penteia todas as manhãs. Seu nome é Charlie Chan.


O que significa o “Prorsum” em Burberry Prorsum?
A marca homônima de Thomas Burberry é equiparada ao clássico estilo inglês, mas não espere ver um tio/filho/bisavô em sua linhagem com o nome Prorsum. A segunda metade do nome da marca é na verdade do latim, que significa “avançado”.


Por que os botões são em lados diferentes para camisas femininas e masculinas?
É uma antiga tradição que começou quando mulheres refinadas costumavam ser vestidas com a ajuda de uma camareira, e os homens não. Costureiras colocavam os botões do lado da vestimenta que facilitasse destros. Assim, homens que se vestiam sozinhos tinham botões do lado esquerdo da camisa, enquanto mulheres, que tinham ajudantes para se vestir, tinham botões do lado direito.


Alguém realmente compra coleções ‘pre-fall’?
Diz Julie Loewenberg, Diretora de Vendas da Theory, “Pre-fall chega naquela hora que você está enjoada de vestidos, camisetas e todos esses looks de verão. Você entra nas lojas e tudo já está em liquidação pela quinta vez. Esse é momento do pré-fall. Para te dar um petisco do que vem por aí, e te ajudar a se adiantar nas suas compras de outono. Sob o ponto de vista de volume, certamente não é uma grande entrega, mas ajuda sim a dar um impulso para a temporada de outono, e nos dá uma leitura prematura de como o consumidor está reagindo.


Por que a sola vermelha?
As solas vermelhas existem desde os dias de Luis XIV, mas Christian Louboutin realmente os tornou sua assinatura em 1992 quando, inspirado por uma assistente que estava pintando as unhas com um esmalte Chanel vermelho, decidiu testar a mesma cor em laca embaixo de um de seus novos modelos. Et voilla! A rosso sollini nasceu.


Como é a cara de Martin Margiela?
O esquivo estilista é notoriamente avesso às câmeras e uma única foto de seu rosto, tirada em 1997, existe na rede. É esta.


O que a Anna Dello Russo realmente faz?
A resposta curta provavelmente seria: O que ela não faz?. Anna Dello Russo é a editora geral da Vogue Nippon (mais conhecida como Vogue Japão), onde ela trabalha com fotógrafos e stylists em no aspecto editorial.
Além disso, Dello Russo bloga do site , AnnaDelloRusso.com, a NowManifest que também representa outros blogueiros de moda como Rumi Neely e Brian Boy. Em cada outro minuto do dia ela permanece sendo um gigante ímã das lentes. Fotógrafos de street style tentam evitar sua força gravitacional, mas raramente conseguem.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

50 COISAS QUE TODO CRIATIVO DEVERIA SABER - 5/5


41. TRABALHE COM O CLIENTE, NÃO CONTRA ELE
Você pode achar que está certo, mas olhe a solução do cliente junto à sua. Ocasionalmente, você será surpreendido.


42. NUNCA ACEITE NÃO COMO RESPOSTA
Brigue por soluções superiores. Demonstre seu modo de pensar ao seu cliente, e leve-o através dele - é difícil argumentar contra lógica.

43. ESCOLHAS SUAS BRIGAS
A indústria criativa é frequentemente enfurecedora, mas nem toda discussão é uma discussão necessária. Isso leva tempo para ser aprendido.

44. SE VOCÊ VAI FALHAR, FALHE BEM
Ser ambicioso significa que você vai assumir coisas que você acha que não pode fazer. Falhas são lamentáveis, mas necessárias de vez em quando.

45. SEJA UM AUTOR
Não importa com quem você esteja trabalhando, diga se alguma coisa não estiver certa. Dirija-a a você mesmo para ser um barômetro da qualidade.

46. TOME A RESPONSABILIDADE PELOS FRACASSOS
Se um job estiver dando errado, tome a responsabilidade. Parece contra-intuitivo, mas responsabilidade siginifica que você pode fazer algo sobre.


47. DIVIDA SUAS IDEIAS
Você não tem nada a ganhar se apegando às próprias ideias; elas podem parecer preciosas, mas quanto mais você as divide, mais novas ideias você tem.


48. SAIA DO ESTÚDIO
O bom design é construído a partir do entendimento das relações entre as coisas. Essas conexões não podem ser encontradas trancado dentro de um estúdio.


49. PRÊMIOS SÃO LEGAIS, MAS NÃO VITAIS
Prêmios ficam bonitos na prateleira, mas rarmente os clientes pegam no telefone por causa deles. Trabalho sólido é o que encoraja isso.

50. NÃO SE LEVE TÃO A SÉRIO
Leve seu trabalho a sério, leve o mercado para o qual você trabalha a sério, mas não se leve a sério. Pessoas que o fazem são ridicularizadas.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

50 COISAS QUE TODO CRIATIVO DEVERIA SABER - 4/5







31. FAÇA SUA NOTA FISCAL SE DESTACAR
Empresas estão cheias de notas fiscais. Faça a sua destacar pela cor ou forma e é mais provável que ela vá para o topo da pilha de pagamentos.


32. NÃO EXISTE EMPREGO RUIM
Sempre se obrigue a fazer seu melhor. Logicamente, não é possível que você fique insatisfeito em ter feito o seu melhor.

33. NÃO EXISTE CLIENTE RUIM
É um ônus seu fazer a relação com o cliente funcionar, não o contrário. Se não estiver funcionando, 'demita-o', como um favor.

34. ABRACE AS LIMITAÇÕES
Limitações são inestimáveis para criar trabalhos de sucesso: eles estabelecem algo sobre o que pressionar. Dessa tensão surge o brilhantismo.


35.O AMBIENTE NÃO É UMA LIMITAÇÃO
O impacto ambiental do seu trabalho não é uma consideração por questão de moda - como criativo, é sua mais importante consideração.


36. PROBLEMAS CHATOS LEVAM A SOLUÇÕES CHATAS
Sempre interrogue seus brief: re-defina a questão. Dois briefs nunca deveriam ser iguais. Um problema único pede uma solução única.


37. NOVAS IDEIAS SÃO SEMPRE 'ESTÚPIDAS'
Novas ideias são concebidas sem contexto e sem medidas de sucesso - isso falsamente as fazem parecer bobas, estranhas e até mesmo impossíveis.


38. NÃO SUBESTIME O TRABALHO AUTO-INICIADO
Clientes entram em contato por trabalhos auto-iniciados. Ironicamente os negócios ficam entusiasmados com ideias que não foram tocadas pelas preocupações dos negócios.


39. JUSTIFIQUE SUAS DECISÕES
Clientes temem decisões arbitrárias m- eles querem solução de problemas. Tenha uma razão para tudo, ainda que ela seja 'pós-racionalizada'.

40. MOSTRE RASCUNHOS, NÃO IDEIAS POLIDAS
Clientes geralmente confundem o trabalho digital 'bruto' com o design final. Mostre rascunhos tanto quanto puder, faz eles se sentirem envolvidos.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

50 COISAS QUE TODO CRIATIVO DEVERIA SABER - 3/5







21. PEÇA OPORTUNIDADES
Vai parecer atrevido, mas peça coisas. Peça para ser incluído em apresentações, revistas, concorrências - sem pedir é difícil conseguir.


22. PROCURE A CRÍTICA, NÃO O ELOGIO
Você não aprende com gente dizendo como você é ótimo. Mesmo que você ache que seu trabalho é perfeito, procure pela crítica, você sempre pode ignorar, se for o caso.

23. FAÇA AMIGOS, NÃO INIMIGOS
A indústria criativa é um mundo pequeno, onde todo mundo conhece todo mundo. Lembre-se disso antes de se indispor com alguém.


24. AS NOTÍCIAS CORREM
Um bom estagiário vai ter uma reputação que o precede. Os trabalhos são quase sempre oferecidos no boca-a-boca.


25. NÃO FIQUE BÊBADO EM EVENTOS PROFISSIONAIS
Há uma diferença entre ficar alegre e bêbado. Esse último pode custar sua dignidade, reputação e possivelmente seu emprego.


26. TRABALHE NOS CONTATOS
Existe alguma verdade em 'não é o que você conhece, é quem você conhece'. Fale com as pessoas, mande emails; no mínimo abra uma conta no Twitter.


27. VISTA-SE DIREITO, APARENTE PROFISSIONALISMO
Você leva o trabalho a sério? Então leve também sua aparência. Clientes preferem lidar com gente que se veste como se importasse.


28. NUNCA TRABALHE DE GRAÇA
Trabalhar de graça não só desvaloriza a profissão, como também faz você parecer fraco. Até um cliente 'legal' vai se aproveitar disso.


29. NEGOCIE
Se você realmente tiver que trabalhar sem receber, negocie. Clientes e estúdios têm acesso a muitos recursos que podem ser vistos como pagamento.

30. LEIA CONTRATOS
Nunca assine um contrato antes de ler. E não comece um trabalho sem um contrato - você pode ter que escrever um você mesmo.

terça-feira, 12 de junho de 2012

50 COISAS QUE TODO CRIATIVO DEVERIA SABER - 2/5




11. TORNE SEU TRABALHO FÁCIL DE SER VISTO
As pessoas são preguiçosas. Se você quer que elas vejam seu trabalho, facilite. Na maior parte das vezes, o empregador só quer ver um JPEG ou um PDF.


12. ESCREVA ENDEREÇOS À MÃO
Clientes, chefes em prospecão e clientes em potencial gravitam em torno de endereços escritos à mão. Toques pessoais vão longe.

13. TEMPO É PRECIOSO, VÁ DIRETO AO PONTO
Evite humor profusivo e truques quando contactar  estúdios a trabalho, eles já viram tudo isso. Vá direto ao ponto e eles ficarão agradecidos.


14. NUNCA PEGUE UM ESTÁGIO NÃO-REMUNERADO
Isso não é um mal necessário - um estúdio que não paga seus estagiários, (ao menos um salário mínimo) é um estúdio para o qual não vale a pena trabalhar.


15. FAÇA TANTOS ESTÁGIOS QUANTO POSSA SUPORTAR
Estágios são um fardo financeiramente, mas são vitais. Eles permitem que você reconheça a indústria e encontre os papéis mais adequados para você.


16. NÃO DESPERDICE SEU ESTÁGIO
O trabalho de um estúdio pode te sugar a energia. Ignore isso e seja indispensável. É sua responsabilidade encontrar algo que precisa ser feito.


17. FAÇA AMIZADE COM UMA GRÁFICA
Um bom relacionamento com uma gráfica é inestimável - ele te ajudará a economizar dinheiro e salvar o meio-ambiente.


18. DESCUBRA O ARMARINHO LOCAL E UMA LOJA DE $1,99
Armarinhos e lojas de $1,99 são ótimas fontes de artefatos prontos e baratos para consertar, re-decorar e re-contextualizar.


19. SEJA PACIENTE
Não é raro completar diversos estágios e não encontrar nenhum que 'sirva'. Tente se candidatar para um estúdio que você não tinha considerado.

20. FAÇA PERGUNTAS
Não suponha nada. Faça perguntas mesmo quando você acha que sabe a resposta. Você ficará surpreso com quão pouco você sabe.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

50 COISAS QUE TODO CRIATIVO DEVERIA SABER - 1/5




1. VOCÊ NÃO É O PRIMEIRO
Existem muitos pouco 'primeiros' hoje em dia. Um número incontável de pessoas começou um estúdio, um freela e pediu estágio. Pode ser feito.


2. SEMPRE TEM ALGUÉM MELHOR
Não importa quão bom você seja, sempre haverá alguém melhor. É surpreendentemente fácil perder tempo se preocupando com isso.

3. SUCESSO NÃO É UMA FONTE FINITA
A faculdade fomenta uma mentalidade de soma-zero: alguém teria que fracassar para você ter sucesso. Na verdade, o sucesso do outro não limita o seu.


4. VOCÊ NÃO PONTUA SEM TER UM OBJETIVO
Se você não sabe o que quer, como pode ir atrás? Ter um objetivo define o ponto final e, consequentemente, de onde começar.


5. COMEÇAR QUALQUER COISA REQUER ENERGIA
Demanda mais energia começar do que parar. Isso é verdade para física, sua carreira e aquela ideia na qual você tem que trabalhar.


6. A TRAJETÓRIA PARA O TRABALHO É MAIS FÁCIL DO QUE VOCÊ IMAGINA
Para entrar no mercado você só precisa de três coisas: um ótimo trabalho, energia e uma boa personalidade. Muitos esquecem desse último atributo.


7. TENHA UM AUTO-IMAGEM POSITIVA
Sua auto-percepção é seu atributo mais importante. Veja a si mesmo como a pessoa que você quer ser e os outros verão também.


8. CRIE UM SITE LIMPO E SIMPLES
Um portfólio online é o alfa e o ômega da sua carreira. Com tamanha riqueza de serviços web, não há desculpa para não ter um.


9. FAÇA A CURADORIA DO SEU TRABALHO
Nunca pare de editar seu portfólio. Três peças fortes são melhores que dez fracas - ninguém está procurando quantidade, mas qualidade.

10. ESCUTE SEUS INSTINTOS
Se seu trabalho não excita você, não vai excitar ninguém. É difícil ter paixão por trabalho medíocre. Desafaça-se dele.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

VALE O QUANTO CUSTA?



Viagem chegando e mesmo correndo o risco de ultrapassar minha cota de idiotice ao declarar isso, eu confesso: já estou sonhando com todas as compras e principalmente com o thrift shopping que cada viagem promete. É quase como uma caça, só que ao invés de voltar com animais mortos, eu volto com achados têxteis vendidos em lojas que amontoam coisas que alguém não quis mais. É idiota, mas é bem menos cruel, então me dá um desconto.

Esse post é quase uma anotação para mim mesma não esquecer de considerar nenhum item da lista antes de adquirir alguma coisa, mesmo que ela custe US$ 1. Já dizia o bonitinho de "Os Delírios de Consumo de Becky Bloom" que custo e valor são coisas muito diferentes. Para reconhecer se uma roupa (que é do que eu entendo) vale o quanto custa, alguns detalhes são importantes. São eles:

1) Qualidade do Tecido


Avaliar a qualidade de um tecido requer um pouco de observação e memória de experiências anteriores. Além de identificar se a construção do tecido é boa, o ideal é conseguir antever a durabilidade e o comportamento dele após as lavagens às quais ele vai ser submetido. Complexo, eu sei. De uma maneira geral, qualquer um consegue dizer se um tecido é agradável ao toque, se parece que vai desmanchar ou não. Com um pouquinho mais de técnica, você pode ir além e saber se aquela malha de algodão é do tipo que forma bolinhas ou se o poliéster é vagabundo a ponto de te deixar fedida depois de dobrar o primeiro quarteirão (sim, tecidos têm esse poder).
2) Qualidade da Modelagem


Aqui também pode ser usada um pouco de técnica. Eu consigo ver, num cabide, apertado numa arara cheia de roupas, se um blazer tem uma modelagem esquisita (é um dom, hahaha), mas não precisa ser nenhum expert para ver no espelho quando uma roupa te veste mal (sei lá, vai ver precisa; tanta gente com roupa mal cortada por aí..). De qualquer modo, a dica aqui é: nem todo mundo tem o corpo padrão e é aceitável que uma roupa precise de alguns ajustes (uma barra a ser feita, uma cintura a ser ajustada), e nesse caso a conta a se fazer é se o preço da loja + o preço do ajuste igualam o valor da peça. Mas tem roupa que nem com todos os ajustes vai ficar boa, porque já começou com a modelagem errada. E lembre-se que, quando se trata de ajuste, é mais fácil subtrair do que adicionar.
3) Qualidade da Costura


 É muito comum que grandes lojas e redes de fast fashion pequem nesse quesito. Sabe aquela ideia boa e mal executada? Geralmente a cagada foi na costura, e geralmente porque a grande quantidade de peças produzidas não permite esmero algum. Evite a todo custo, porque dos quesitos que vão te delatar ao usar uma roupa barata, esse é um dos mais facilmente reconhecidos, até por leigos. Sem falar no risco que se corre de encontrar furos logo nos primeiros usos, o que também pode arruinar um dia inteiro.
4) Qualidade do Design


 Uma das coisas que mais encarece, não só roupas, mas objetos em geral, é um design bem feito. Como dizia Steve Jobs "Não é só o que aparece e sente. Design é como funciona." Convenhamos que se há alguém (uma pessoa ou uma equipe inteira) pensando não somente em como algo te veste ou aparenta, mas também em como funciona, não pode ser barato.Inteligência é artigo raro e, por isso, custa caro. Estamos falando também de algum tipo de inovação; camisetas já foram (ou já deveriam ter sido)solucionadas.
5) Qualidade da Estampa


Cada processo de estampa tem um efeito visual e tátil quando aplicado sobre um tecido. Estilistas sabem disso e podem usar os mais variados para atingir o efeito desejado, ou para baratear o custo final de uma peça. Aqui mora o perigo, eles sempre querem baratear tudo. Sabe a diferença entre um tecido que é xadrez porque os fios da trama e do urdume têm cores diferentes e um que é xadrez porque aplicaram uma estampa em cima de um tecido liso? Pois deveria, sob o risco de parecer estar usando a camisa da última festa junina. Outra coisa pavorosa é listra estampada por sublimação. Mas a lista de bizarrices é infinita, melhor parar de dar exemplos.
6) Exclusividade da Estampa


 Estampas incríveis são ainda mais incríveis quando você não cruza com pares de vaso na rua o tempo todo. Na mesma lógica do design, aquele desenho que você vê em forma de roupa levou tempo de uma pessoa com algum talento para ser feita, e se não foi o caso de diluir esse custo entre milhões de consumidores, o preço pode sair bem salgado.
7) Estado de Conservação (no caso de peças usadas)


Auto-explicativo, mas se eu pudesse dar algum conselho, eu diria que tudo depende do que você espera. Eu já comprei coisas exatamente pelo fato de parecerem usadas, porque era a aparência mais detonada justamente a graça (imagine um jeans vintage), e coisas que apesar de muito antigas, mantinham uma aparência de nova, o que prometia que ela ia continuar assim por mais alguns anos.
Resumindo, moda é um troço meio mágico, mas não tem milagre. Para ser mais barato, um produto tem que ter qualidade inferior e/ou ser produzido em larga escala, se não a conta simplesmente não fecha. Tendo isso em vista, cada um tem que colocar na balança o que é prioridade e fazer sua própria equação funcionar. Há quem prefira ter pouquíssimas peças, exclusivíssimas e que duram muito tempo. Também tem o tipo que prefere estar sempre usando a última tendência e até espera que uma peça não dure muito para ter desculpa de renovar o guarda-roupa logo. De uma maneira ou de outra, o inteligente é ter consciência e um pouco de cuidado para não levar gato por lebre.

Esqueci de alguma coisa?

terça-feira, 5 de junho de 2012

ENTREVISTA OLIVIER ROUSTEING, BALMAIN

Eu li essa entrevista e resolvi postar traduzida porque é inegável a enorme influência da Balmain na imagem de moda atual. Por mais que tenha gente enjoada e torcendo o nariz, acho que a marca encontrou um caminho que de alguma forma foi ao encontro de um desejo feminino, que estava meio inexplorado. Uma imagem de roupas que mostram força, mas com características femininas, atenção a detalhes, bordados, enfeites. Isso é tendência de longo prazo, e lendo a entrevista é possível notar que é genuíno, porque faz parte do imaginário do criador, e explica porque continua em destaque. É aquela história da diferença entre fazer o que se acredita versus fazer o que o mercado aponta que deve ser feito. Dá pra perceber que a próxima coleção pode ter anos 90 na mistura, por conta de um saudosismo da adolescência dele. Eu sou pouco mais velha que o Olivier  e também tenho sentido atração pela década do colégio, sentido saudades de uma época cujos "problemas" ficaram longe e, consequentemente, pequenos. Normal, né?



Entrevista publicada no site Into the Gloss, em Maio de 2012

"Eu sou do sul da França, Bordeaux - meus pais são franceses. Eu tenho família lá e também em Paris, então eu sempre fui e voltei muito. Depois de terminar a escola, eu fui à Itália por quase seis anos e trabalhei para o Roberto Cavalli, e então eu decidi voltar para Paris para a Balmain. Agora faz três, três anos e meio que estou na Balmain.  Eu tenho 26 anos. A coleção feminina e a masculina da Balmain são a mesma coisa para mim:  eu gosto da sensualidae. É esse o motivo de eu estar na moda - porque eu adoro o corpo de uma mulher e de um homem. É sempre brincar com uma parte do corpo, mas ainda ser moderno e manter a sensualidade, e mostrar um pouco do seu corpo. Você sempre pode ter jaquetas grandes, mas você tem que usá-la sobre, digamos, uma calça skinny; ou, se você tem uma jaqueta justa, é sempre legal ter uma calça larga. Mas eu acho, na verdade, que o rosto é a parte mais sexy do corpo de uma mulher, porque eu penso que 'sexy' é mais a emoção... quando você o desfile (da Balmain), elas têm o cabelo bem simples, a maquiagem bem simples, e elas podem vestir o que quiserem. Elas podem usar uma camiseta branca ou o vestido, mas se tem emoção em seus olhos e promessa, e a fluidez do cabelo, para mim isso é realmente importante. Eu acho que nós temos as meninas mais bonitas do mundo nos nossos desfiles e eu nunca tentaria esconder a beleza delas. Eu acho que elas têm cabelos lindos, olhos lindos, os lábios - eu gosto completamente de individualidade. Fico muito atraído por aquele visual de maquiagem nada. As roupas que eu faço são muito fortes por um lado, são muito ricas e super trabalhadas, então se as roupas são fortes, eu quero um rosto mais simples e natural. Mas, eu acho, que o importante é que elas possam vestir essas roupas como elas vestem seus pijamas. Elas não vão dormir maquiadas - é esse o ponto. Quando elas andam pela passarela, ou quando tentam coisas na prova de roupa, eu simplesmente digo, 'Tenha a atitude de quem está vestindo o pijama ou se trocando para correr, ou se você estiver num vestido, faça-o parecer seu.' Então você tem seu cabelo e sua maquiagem simples, tudo que você é agora, e você tem seu traje ou seu moletom super masculino e calça de menino... Acho que fica super cool.

Para homens, eu prefiro o mais natural possível. Eu gosto de garotos bonitões, mas é mais sobre a emoção que você dá, sabe? Você pode ser bem magro ou ser musculoso, é só o que o seu rosto está mostrando para o mundo. Então, eu acho que não tem a ver só com o corpo, tem mais a ver com atitude. Você pode ter uma perfecto incrível de couro com uma camisa e isso pode ficar super bem num garoto musculoso de Cuba, mas pode ser completamente errado para um russo magrinho. É sobre a atitude e sobre como você quer agir, você sabe, na rua. Em Paris, há um monte de garotos andróginos e super magros, e eu era bem magro quando jovem também, mas não mais. Eu joguei muito futebol, era jogador... Mantenho as pernas [risos]. Agora estou tentando desenvolver um peitoral, mas não está funcionando para mim - desenvolver músculos. Estou triste com isso, eu tento ir à academia todas as manhãs. Toda vez, depois de feriados, como em Miami, eu digo, 'Eles são todos lindos aqui, tenho que voltar para Paris e treinar.' E aí eu treino uma semana e não consigo mais. Eu coloco as músicas que eu quero no iPod, olho clipes nas telas de TV e tudo, para correr... mas é simplesmente impossível. Às vezes eu pego minha bicicleta, ou patins, da academia ao trabalho, mas só no verão. Eu tento comer muito bem; isso é algo importante para mim. Mesmo quando estou no escritório e está meio corrido, nós tentamos comer bem.

Para minha rotina de beleza, está tudo nos cremes [risos]. Eu sempre tive o mesmo hidratante, Lichtena - uma coisa que eu comprei na Itália. Eu era mais escuro quando jovem, mas eu fui crescendo e ficando mais claro. Acho que é o clima de Paris... minha pele é acostumada ao sol do sul, talvez. Não sei, é estranho. Estou usando muito Skeen; é uma linha masculina. Eu estava na academia uma época e tinha um cara que estava vendendo isso, e agora eu não consigo usar mais nada. Eu amo. Dessa linha, eu uso um monte de coisas - tem uma coisa que é como um pó para debaixo dos olhos que é muito bom para depois de uma grande festa. Gosto do sabonete também, para o corpo.  Eu deveria usar mais coisas para os lábios. Eu tenho um Labello, morango. Uso desodorante Nivea - dura vinte e quatro horas, juro. Faço a barba a cada dois ou três dias, mas eu prefiro quando está mais limpo. Em outros homens eu gosto de um pouco de barba, mas não em mim, porque não fica cheia... não tenho a barba perfeita quando ela cresce. Não é perfeita como no Brad Pitt ou esse tipo de cara, como Leonardo DiCaprio, que quando você vê, fica tipo, 'Eles são gatos!' Ele é tão gato. Eu lembro dele em Titanic, e Romeu + Julieta. Eu assisti na noite passada, sabe. Estava no escritório ouvindo música e em determinado momento, nós estávamos, 'Ok, década de 90.' Estávamos ouvindo Britney Spears, ‘Hit Me Baby One More Time,’ e pensamos, 'Quando foi ‘Hit Me Baby One More Time,’?' Em 1998. E eu percebi, foi há catorze anos. E depois eu estava, 'Ok, quando foi Titanic?' Era mais ou menos da mesma época. Eu percebi que nós assistimos àquilo quando éramos muito novos - minha equipe é bem jovem - então nós assitimos a alguns clipes do filme. Assistimos Kate Winslet e Leonardo DiCaprio na cena do carro. Era amor! Eu chorei como um bebê da primeira vez que assisti. E depois nós passamos a Romeu + Julieta - escutamos as músicas da trilha sonora. Em cero momento, você fica meio 'Porra. Eu estou realmente velho.'"

segunda-feira, 4 de junho de 2012

LUA CHEIA, ECLIPSE E BANGA



Segunda-feira com lua cheia, eclipse e lançamento do novo disco da Patti Smith, Banga. Começo de uma semana que tem feriado e muita coisa pra deixar em ordem antes da viagem.